Pesquisadores do OBISF realizam oficina de devolutiva de pesquisas sobre a Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente

O mestrando João Libório e o doutorando Thiago Magalhães, do Programa de Pós-Graduação em Administração, pesquisadores do Núcleo de Inovações Sociais na Esfera Pública (NISP) e do Observatório de Inovação Social de Florianópolis (OBISF), da Esag/Udesc, orientados pela professora Dra Carolina Andion, que é coordenadora do NISP e do OBISF, apresentaram ontem, 30 de julho de 2020, alguns dos resultados de suas pesquisas que estão sendo conduzidas no âmbito do OBISF acerca da Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente em Florianópolis. 

Os resultados foram apresentados por meio da realização de uma Oficina de Devolutiva que contou com aproximadamente 60 inscrições e 40 participações efetivas, incluindo integrantes do OBISF e alguns dos atores que atuam na rede do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA).

A abertura da oficina foi realizada pela professora Carolina Andion, que fez suas considerações iniciais, destacando a importância do evento para a rede que trabalha com a criança e o adolescente e também para a validação dos achados das pesquisas.Após a sua fala, a professora Carolina Andion passou a palavra para alguns dos parceiros e atores envolvidos na rede foco das pesquisas e, posteriormente, passou a palavra para os pós-graduandos apresentarem alguns dos resultados.

O mestrando João Libório está fazendo sua dissertação sobre a “Atuação das Organizações da Sociedade Civil junto à Política de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente em Florianópolis” e trouxe alguns resultados bastante relevantes para se pensar políticas.

Mestrando João Libório

Sobre a realização da oficina, o mestrando destaca elementos como, por exemplo, o desafio na elaboração de um panorama da sociedade civil com foco na rede em análise. “O nosso diálogo foi muito especial e representativo. A demanda por uma maior compreensão sobre a realidade da criança e adolescente na cidade, assim como o conhecimento sobre os atores que compõem o SGDCA, é recorrente. Contribuir para o processo de pensar em uma política pública mais próxima aos problemas reais e as demandas do público infanto-juvenil é gratificante e engrandecedor. Principalmente por estarem envolvidos nesse processo de pesquisa atores fundamentais para a garantia do direito. Foi um desafio para nós chegarmos a um diagnóstico da sociedade civil; para os demais atores da arena o que se coloca a partir disso é a importância de olhar para esses dados e pensar em que medidas, de seus lugares, podem fazer a diferença e cumprir com o princípio da integralidade do direito, buscando a transformação social”, destacou João Libório. 

O doutorando Thiago Magalhães está fazendo a sua tese sobre os “Laboratórios vivos de inovação social, investigação pública e experimentação democrática em políticas públicas: Um estudo na Arena Pública de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente em Florianópolis” e, assim como o mestrando João Libório, apresentou resultados relevantes para o pensar e o fazer política e que também retratam a importância dos diferentes atores na rede.

Doutorando Thiago Magalhães

Neste sentido, destacou a importância de se perceber e identificar o que os atores da rede pensam sobre os resultados das pesquisas. “A oficina foi um momento oficial de devolutiva dos dados de nossas pesquisas, mas também de buscar a percepção dos diferentes atores com os quais trabalhamos nos últimos anos. Foi um momento muito gratificante, apesar de ter sido uma parte do trabalho, pois podemos ver a importância da pesquisa, e como a universidade pode e deve se aproximar cada vez mais da comunidade, não como detentora do conhecimento, mas como coprodutora junto a diferentes atores, reunindo os diferentes tipos de saberes. É pesquisa que faz sentido, tanto para nós pesquisadores quanto para os atores pesquisados”, ressaltou Magalhães.

A oficina foi realizada em parceria com o Instituto Comunitário de Florianópolis (ICOM) e com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), tendo como objetivo refletir sobre a rede de garantia dos direitos da criança e do adolescente na cidade, a partir das experiências dos atores da Sociedade Civil. Além disso, a oficina está alinhada com a campanha “ECA 30 Anos: crianças e adolescentes como prioridade absoluta”.

A campanha integra o Projeto Articula Floripa, que tem como objetivo fortalecer o CMDCA, promovendo espaços de articulação entre os atores do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA), de forma colaborativa e em parceria, para garantia efetiva desses direitos em Florianópolis.

 

Quer conhecer e aderir a campanha? Acesse o link a seguir: http://eca30anosfloripa.com.br/.

Após as falas dos pós-graduandos, a professora Carolina Andion fez algumas considerações complementares e trouxe alguns comentários e algumas perguntas apresentadas pelos participantes da oficina por meio do chat, de forma a promover o debate acerca dos resultados apresentados, com foco, inclusive, na validação destes por meio dos diferentes atores da rede.

 

Por Hudson Oliveira, redator de Comunicação do OBISF / NISP / ESAG / UDESC
E, imagens capturadas por Pâmela Susani, bolsista de Comunicação do OBISF / NISP / ESAG / UDESC

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